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Praça das crianças |
Por Carlos AlexQuem vê a criançada se divertir à noite na praça das crianças localizada entre as ruas Expedicionário Moreno e Cel. José Ambrósio, não imaginam o risco de saúde em que elas estão submetidas. Não se trata apenas da costumeira ameaça das bactérias no ambiente ou da ferrugem nos brinquedos já desgastados; o perigo evidente vem dos cães e das doenças por eles proporcionadas.
Moradores afirmam que é comum todas as manhãs por volta das 6h, encontrar cães de rua rolando pela areia do parquinho. Alguns revelam que muitos deles apresentam feridas em partes do corpo.
“Além de contaminarem a areia com as feridas, vômitos e fezes, eles ainda deixam restos de ossos estragados. Tenho medo de passar perto e ser mordida. Meu marido se irrita bastante quando lancha no quiosque da pizzaria ao lado e os cães se aproximam”, diz uma senhora que mora próximo a praça. Ela também revela que algumas pessoas, impacientes com a situação, chegam a estourar bombas para afastar os cães da área. A aparente preocupação é com a quantidade deles – que são no mínimo de 10 à 15 por dia -, mas o veterinário da Secretaria de Saúde da cidade, Raimundo Neto, alerta para o cuidado com as doenças. “De todas, a mais letal e comum é a raiva. Lechimoniose ( calazar) e a sarna são as segundas mais conhecidas e devem ser tratadas”. Diante da ameaça, a população exige uma solução. A maioria aposta na carrocinha, que até então não tem cuidado deste ponto, mas que segundo Raimundo, é por falta de tempo. “Desde o carnaval a carrocinha tem voltado a percorrer as ruas. Havíamos prendido antes de cinqüenta a sessenta cães, mas acabaram - não sabemos quem - quebrando o cadeado e soltaram todos”, informa.
Carrocinha e exigências
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A atual carrocinha da cidade |
Os boatos são de que ela melhorou. Outros preferem afirmar que nem se quer a vêem. A carrocinha tem hora e limite. Ela sai pela manhã por volta das 5h e se recolhe às 10h. Os cães capturados são levados para um local especifico na Secretária de Saúde. Os animais que apresentam alguma doença são sacrificados de imediato. Os demais são mantidos no local a base de água e ração, segundo informou Raimundo. “A alimentação destes animais é mantida justamente com a taxa paga para a libertação deles, ou seja, os cães que têm dono e não apresentam doenças. Todo mês é mandado para Fortaleza, fragmentos da medula dos animais para realização do exame. Ano passado 1.600 amostras de sangue foram enviadas, destes, só 20 casos de calazar foram detectados, o que dá em média 2%. Este ano nenhum resultado saiu positivo. Pode-se dizer que quase não existem casos em Morada Nova”, concluiu o veterinário.
Se seu cão foi capturado, saiba como proceder para libertá-lo
Se seu cão foi levado pela carrocinha, os motivos são óbvios: ou ele estava na rua, ou apresentava sinais claros de alguma doença. A primeira coisa a se fazer é ir ao sistema de vigilância sanitária da Secretária de Saúde da cidade e se informar. Depois, receber um pequeno requerimento de que está querendo libertar seu cão e ir à prefeitura levando o papel e o CPF. Um boleto lhe será entregue em uma taxa de aproximadamente R$ 15,00, que deverá ser pago no banco ou em qualquer outro estabelecimento de pagamento. Após ser pago, o boleto deve ser apresentado na Secretária e seu animal será solto.
Obs: Se seu animal for pego mais de uma vez a taxa irá dobrar.